quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Greve Geral na Índia

 
De: Portal Terra
Uma convocação de greve geral na Índia feita por todos os sindicatos, incluindo as associações ligadas ao governo, levou milhões de pessoas às ruas nesta terça-feira para exigir mais direitos trabalhistas e a criação de um salário mínimo. Onze organizações sindicais e 5 mil pequenas associações aderiram à greve para pressionar o governo de centro-esquerda do primeiro-ministro Manmohan Singh. O chefe de Governo, acusado de inércia no campo social pela oposição, tentou, em vão, evitar a manifestação.
Bancos, lojas e empresas de várias cidades permaneceram fechadas no país de 1,2 bilhão de habitantes.
"É uma oportunidade histórica. Pela primeira vez todos os grandes sindicatos estão juntos para protestar contra as políticas antitrabalhistas do governo", declarou à AFP o secretário-geral do Congresso Indiano de Sindicatos, Gurudas Dasgupta. Os sindicatos exigem a instituição de um salário mínimo nacional, contratos com duração indeterminada para 50 milhões de trabalhadores temporários e medidas eficazes para impedir que as grandes empresas burlem os direitos trabalhistas.
A greve geral também é representada por uma manifestação do descontentamento popular com o alto custo de vida, a corrupção e a redução da presença do Estado no setor público. O governo indiano de Singh, afetado por uma série de escândalos de corrupção, tenta lutar há vários meses contra a inflação com uma política monetária agressiva. Mas com os efeitos demorados do plano e o aumento dos preços, as condições de vida são cada vez mais difíceis no país. A inflação, no entanto, registrou em janeiro o menor nível em 26 meses, a 6,55%, abrindo o caminho para uma eventual flexibilização monetária para enfrentar a desaceleração da economia.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Técnicos estadunidenses concluem que incêndio em Honduras foi “acidental”

Por Elaine Tavares - jornalista
Os agentes da Oficina De Tabaco, Álcool e Fogos Explosivos dos Estados Unidos que foram chamados para investigar o incêndio na penitenciária de Comayagua, Honduras, onde morreram 364 pessoas, entregaram um relatório a embaixadora dos EUA em Honduras, dizendo que o incêndio foi acidental. Segundo o relatório, o fogo começou de uma “chama aberta”, mas eles não sabem dizer onde foi que começou. A conclusão está sendo vista como absolutamente inútil e mentirosa por uma boa parte de hondurenhos que se manifestam nas rádios locais e nos jornais.
Por todo o país as versões que circulam sobre as causas do incêndio se referem, na sua maioria, a um ato criminoso provocado por alguns dos agentes penitenciários. Os sobreviventes alegam que foram os guardas quem iniciaram o fogo jogando gasolina nos prisioneiros, com a clara intenção de matar. Há quem diga que o ato foi provocado para causar a morte de uma figura em especial, o ex-candidato a alcade (prefeito) Jorge Constantino Ypsilanti, que estava no presídio por ter provocado a morte de um cidadão espanhol. Há rumores também de que a governadora da província havia recebido um telefone de um dos presos avisando que se avizinhava uma tragédia. Já os guardas sustentam que o sinistro foi provocado pelos próprios presos. De qualquer sorte, o estudo da agência estadunidense é pífio, pois, na verdade, não trás nenhum esclarecimento.
A penitenciária de Comayagua estava abrigando 856 pessoas, sendo que a metade dos presos sequer tinham ido a julgamento. Muitos deles estavam detidos por pequenos furtos, distúrbios e alguns apenas por serem tatuados, o que os identificaria como parte de alguma pandilha (quadrilha). Conforme contam os familiares a situação da penitenciária era precária, uma vez que tinha sido construída para abrigar apenas 250 pessoas.

O incêndio em Comayagua foi a maior tragédia já acontecida em presídios na América Latina nos últimos anos. Segundo levantamentos do jornal La Prensa, a segunda maior matança de presos aconteceu no Peru em 1986, num motim provocado – segundo as autoridades – por militantes dos grupos políticos Sendero Luminoso e Tupac Amaru, no qual morreram 250 pessoas. Depois veio o massacre do Carandiru, no Brasil, em 1992, onde morreram 111 prisioneiros. Em 1994, 120 pessoas morreram na Venezuela, também num motim. Em Honduras, outro caso de incêndio “providencial” aconteceu em 2004, quando morreram 107 presos na cidade de San Pedro de Sula.

Para a sociedade hondurenha, a conclusão dos técnicos estrangeiros está muito longe da verdade.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A elite do poder

Documentário que mostra quem está causando toda a pobreza no mundo.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

EUA: crescem os "acampamentos da miséria"

A BBC visitou nos Estados Unidos alguns acampamentos de sem-teto, cada vez mais numerosos no país desde o início da crise econômica que explodiu em 2008.
Da BBC Brasil
Dados oficiais apontam que cerca de 47 milhões de americanos vivem abaixo da linha pobreza e este número vem aumentando. Atualmente há 13 milhões de desempregados, 3 milhões a mais do que quando Barack Obama foi eleito presidente, em 2008. Algumas estimativas calculam que cerca de 5 mil pessoas se viram obrigadas nos últimos anos a viver em barracas em acampamentos de sem-teto, que se espalharam por 55 cidades americanas.

O maior deles é o de Pinella Hope, na Flórida, região mais conhecida por abrigar a Disney World. Uma entidade católica organiza o local e oferece alguns serviços aos habitantes, como máquinas de lavar roupa, computadores e telefones. Muitos acampamentos são organizados e fazem reuniões para distribuição de tarefas comunitárias. Para alguns com poucas perspectivas de encontrar trabalho, as barracas são habitações semi-permanentes.

Mofo
Várias destas pessoas tinham vidas confortáveis típicas de classe média até pouco tempo atrás. Agora deitam sobre travesseiros tão mofados quanto suas cobertas, em um inverno no qual as temperaturas baixam a muitos graus negativos.
Esfregamos literalmente nossos rostos no mofo toda noite na hora de dormir", diz Alana Gehringer, residente de um acampamento no Estado de Michigan, ao programa Panorama da BBC.

O agrupamento de 30 barracas se formou em um bosque à beira de uma estrada, no limite do povoado de Ann Arbor. Não há banheiros, a eletricidade só está disponível na barraca comunitária onde os residentes se reúnem ao redor de uma estufa de madeira para espantar o frio. O gelo se acumula nos tetos das barracas e a chuva frequentemente as invade. Mesmo assim, cada vez pessoas querem morar ali.

A polícia, hospitais e albergues públicos ligam com frequência perguntando se podem enviar pessoas ao acampamento. "Na noite passada, por exemplo, recebemos uma ligação dizendo que seis pessoas não tinham vaga no albergue. Recebemos de 9 a 10 telefonemas por noite", diz Brian Durance, um dos organizadores do acampamento.
A realidade dos abrigados da Flórida e de Michigan é a mesma em vários lugares.

Na segunda-feira, Obama revelou planos de aumentar os impostos sobre os mais ricos. "Queremos que todos tenham uma oportunidade justa." O presidente norte-americano mencionou os que "lutam para entrar na classe média". Em Pinella's Hope, em Arbor e em outros dezenas de locais no país, além dos que querem entrar na classe média, há os que foram expulsos dela pela crise e que desejam voltar.

PM invade a USP em pleno carnaval

Entrevista com o professor Luis Renato Martins, sobre mais uma invasão à USP em São Paulo.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Tragédia em Honduras: 355 mortos

Por elaine tavares
São absolutamente terríveis as crônicas que estão sendo divulgadas do incêndio que matou 355 pessoas no Centro Penitenciário de Comayagua, no interior de Honduras. Segundo informes do jornalista Davi Romero, da Rádio Globo Honduras, este já é o terceiro caso nos últimos anos de uma tragédia desse tipo, mas essa foi muito maior. Segundo os informes que chegam de Honduras a situação penal é muito parecida com outros centros na América Latina: superlotação, sujeira, violência, doenças, ou seja, uma bomba-relógio sempre pronta a explodir.

O centro de Comayagua, que é uma penitenciária agrícola, com vagas para 250 detentos, tinha uma lotação de quase mil pessoas, a maioria delas camponeses presos por crimes comuns, outro aspecto bastante típico das prisões: gente pobre, pequenos delitos.

As primeiras notícias sobre as causas não passam de hipóteses. Há depoimentos de sobreviventes que contam haver uma disputa entre grupos ligados ao tráfico ou que foi uma reação de alguns criminosos que haviam pagado a agentes prisionais para facilitar fuga. Como eles levaram a grana e não facilitaram, os detentos decidiram queimar colchões. O fogo se espalhou e deu no que deu.

Há depoimentos também, nos jornais locais, de que um agente ao ver o fogo, em vez de abrir as portas para os prisioneiros pudessem fugir, simplesmente deixou as portas trancadas e saiu. Foi só bem mais tarde, quando muitos já estavam mortos que um enfermeiro do presídio decidiu abrir as portas para permitir que os presos saíssem.

De qualquer sorte, tudo ainda é muito inconsistente. Há muita dor e desespero por parte das famílias que querem receber os corpos de seus entes queridos e isso é o que está mobilizando as pessoas nesse momento. Ainda assim, a ONU já notificou ao presidente do país que quer uma investigação minuciosa para ver se não foi um incêndio criminoso. Agentes estadunidenses que trabalham com atentados a bomba estão em Honduras a pedido do presidente Lobo e devem ajudar a investigar as causas da tragédia.

É bom lembrar que Honduras vive desde 2009, quando aconteceu um golpe de estado, uma situação bastante tensa no campo social. Mesmo com um novo presidente civil (eleito em um pleito bastante irregular), a situação não mudou no país. Dezenas de jornalistas já foram assassinados, outro tanto de sindicalistas e lutadores sociais. Além disso, muita gente tem sido presa por participar dos movimentos pela democracia e pela volta de Mel Zelaya, o presidente que foi deposto pelo golpe. Ainda não se tem informações sobre se alguns dos presos em Comayagua estavam nessa condição de presos políticos. Tudo ainda está por saber.

Hoje, a região está em profunda comoção. Centenas de familiares se concentram próximo ao centro penitenciário, alguns em acampamentos improvisados. Querem recuperar os corpos de seus parentes e saber o que realmente aconteceu.

As cenas de dor podem ser conferidas no link do jornal La Tribuna

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Luta Nacional contra o aumento das passagens, pelo passe livre e tarifa zero


Devido aos aumentos absurdos nas tarifas de transporte sofridos no país inteiro, nos organizamos com as demais cidades que estavam se mobilizando CONTRA estes REAJUSTES, que estavam lutando pelo PASSE LIVRE e que lutam pelo direito à cidade com a TARIFA ZERO. Convidamos todos os municípios a se mobilizarem também para o dia 9, no ato nacional. Mesmo para aqueles que não sofreram o aumento, pedimos que se organizem, pois se este ano não aumentou é questão de tempo para que isso aconteça .Por isso, convocamos!


9 de fevereiro: Dia nacional de luta contra o aumento das passagens do transporte, pelo passe livre,tarifa zero e pela qualidade de um transporte realmente público em todo o Brasil!

Links dos eventos das cidades participantes:
Guarulhos - SP: http://www.facebook.com/events/199441550153057/
Rio de Janeiro - RJ: http://www.facebook.com/events/104568259668302/
Grande Vitória - ES: https://www.facebook.com/events/220477351378453/
Belo Horizonte - MG: https://www.facebook.com/events/173058532803106/
Florianópolis - SC:http://www.facebook.com/events/182176998553815/
Recife - PE:http://www.facebook.com/events/183262485114084/
São Carlos - SP: http://www.facebook.com/events/230752990345963/?context=create
Joinville - SC: http://www.facebook.com/events/264953103577430/?notif_t=event_invite

O que é Tarifa Zero?

http://www.youtube.com/watch?v=j2HwTLA439g
http://tarifazero.org/tarifazero/
Sim,é possível: http://www.youtube.com/watch?v=CTy_c2y8UQw

O que é o Passe Livre Estudantil?

http://tarifazero.org/2011/07/02/paraiba-entrevista-sobre-projeto-do-passe-livre-estudantil-em-campina-grande/
Mais de 105 cidades do país já garantem o passe livre aos estudantes.

O que é o MPL?

http://tarifazero.org/mpl/