As comunidades estão se levantando em rebelião contra as propostas de mineração a céu aberto que recomeçaram por vários países da América Latina. Há protestos na Argentina, no Equador, na Colômbia e agora também no Peru. Cidades como Arequipa, Moquegua, Tacna e Cusco estão em alerta contra a destruição da natureza e da vida das comunidades. O maior temor é com a contaminação dos rios, uma vez que muitas dessas técnicas ainda se utilizam do mercúrio.
Na região de Cajamarca já se instalou um conflito entre as empresas, governo e população por conta de um chamado “projeto Conga” que pretende atuar com a mineração no local. O governo anuncia investimentos de 20 milhões de dólares, fala em aumentos dos empregos, mas o fato é que as entidades dos movimentos sociais denunciam a falta de qualquer projeto ambiental para evitar a contaminação das águas.
Nesses dias, os movimentos populares e organizações ambientais estão exigindo do governo que sejam realizados estudos sobre possíveis contaminações e que isso seja feito por peritos renomados, de preferência de fora do Peru. Como o estado se faz de surdo às gentes, os conflitos acontecem pontualmente como os da cidade de Islay onde um projeto de exploração de cobre apresentou 138 pontos obscuros e levou o povo às manifestações, com um saldo de três mortos. Outro conflito anunciado é o da importante cidade de Tacna que está sujeita a vários projetos de mineração de exploração de cobre, com sérios riscos de contaminação de suas águas.
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