quinta-feira, 22 de março de 2012

Prefeitura não escuta a cidade

Por elaine tavares  - jornalista

Já muito bem definiu o filósofo Enrique Dussel sobre o que seja comunidade: são as forças que atuam de maneira consciente na vida local. Nesse sentido, a comunidade de Florianópolis, desde os anos 80, decidiu, coletivamente, que tipo de cidade quer para viver. Ao longo desse tempo as forças vivas da comunidade vêm se reunindo, discutindo e construindo essa cidade desejada. Cada bairro, cada região, já desenhou a cara do seu lugar. E isso ficou ainda mais claro no Plano Diretor Participativo montado de forma “legal” (com audiências públicas e tudo mais) desde há seis anos. Mas, mesmo assim, os governantes municipais insistem em tripudiar e desconhecer a vontade popular. Como os desejos da comunidade não bateram com a proposta empresarial/governamental eles fizeram o que sempre fazem: encerraram o diálogo e construíram outro Plano Diretor, feito por uma empresa, sem levar em conta as incontáveis noites e finais de semanas despendidos pelas gentes no debate do Plano Participativo. Em 2010, depois de uma quase revolta popular, a prefeitura decidiu parar a discussão e tudo foi zerado.

terça-feira, 13 de março de 2012

O que significa Roselane como reitora da UFSC?

Análise da Brigada 21 de junho - Brigadas Populares

A Universidade Federal de Santa Catarina passou por uma eleição de reitoria histórica no final do segundo semestre de 2011. Elegemos a professora Roselane Neckel para ser dirigente da UFSC nos próximos 4 anos, resultado que significou a derrota do grupo que governava a UFSC há décadas e a utiliza como um mero balcão de negócios, representado pela candidatura de continuidade: Paraná/Vera Bazzo. No entanto, nem tudo são rosas, a vitória eleitoral representa apenas o primeiro passo para a mudança na maneira fisiológica como funciona o poder na UFSC e, para transformar essa vitória em alterações profundas na estrutura universitária é necessário nesse momento fazer uma avaliação profunda do processo eleitoral e pensar os próximos passos.

terça-feira, 6 de março de 2012

Brigadas Populares na Vila do Arvoredo


Por Jonathan Jaumont
No último domingo, 4/3, representantes das Brigadas Populares participaram da reunião da associação da Vila do Arvoredo. Foi a primeira reunião descentralizada da entidade. A idéia é agora estar ainda mais próxima dos problemas dos moradores. Por isso, a cada mês, na hora em que o sol começa a dar uma trégua, a associação se reúne em uma zona diferente da Vila.

sábado, 3 de março de 2012

Ponta do Coral: proposta de turismo comunitário contra o turismo predador


Por elaine tavares  - jornalista


O jornalismo diário, quando nasceu, no 700, veio para servir ao capitalismo também nascente. Com a popularização das folhas havia que usá-las para propagandear os produtos que começavam a surgir nas prateleiras da vida do consumo. As notícias que bordeavam os anúncios eram “o detalhe”. Ou seja, a informação passava a ser o chamariz para a propaganda de produtos, muitas vezes inúteis. Nesse sentido, a maioria das empresas jornalísticas nada mais era do que espaço da mais-valia ideológica do capital. O jornal, depois o rádio, a televisão e, por fim, a internet, serviam e servem para manter as gentes cativas da promessa do capital. Assim que nada se pode esperar dos meios de comunicação. A não ser a contradição, que querendo eles ou não, se expressa vez ou outra fazendo avançar a consciência de classe. Mas, é coisa rara.