Por Jonathan Jaumont
No último domingo, 4/3, representantes das Brigadas Populares participaram da reunião da associação da Vila do Arvoredo. Foi a primeira reunião descentralizada da entidade. A idéia é agora estar ainda mais próxima dos problemas dos moradores. Por isso, a cada mês, na hora em que o sol começa a dar uma trégua, a associação se reúne em uma zona diferente da Vila.
No domingo o encontro aconteceu na zona A, onde as famílias que tiveram suas casas engolidas pelas dunas estão reconstruindo suas moradas. Durante o encontro, nada de formalismos. Do lado de fora mesmo, juntam-se as cadeiras que cada um tem em casa e a roda está formada. Vanuza é quem dá o tom e a pauta. São, então, debatidas as formas de se resolver os problemas que cada um vem enfrentando: como colocar os postes de luz? como levar a água daquela zona a outra? mutirão?
Durante a reunião, Vanuza não perde a oportunidade de relembrar as lutas daquele povo que, há mais de 25 anos, vive e resiste naquelas dunas. As dificuldades foram e, ainda são, muitas. Mas a organização da Vila prevalece. Seu Nivaldo é um exemplo disso. O pai de Vanuza é hoje conselheiro no conselho da habitação: representante das comunidades do Norte da Ilha. Ele deixa claro: "o mandato é de toda a comunidade."
E a situação avançou mesmo. Um terreno que fora da Casan, na entrada do bairro dos Ingleses, já foi cedido e transformado, pela Câmara dos Vereadores, em Zona Especial de Interesse Social (ZEIS).
O Ministério das Cidades até já disponibilizou a verba necessária para construção das novas moradias. Falta a contrapartida da prefeitura: garantir as obras de infraestrutura no terreno. O poder público municipal dificulta. Diz não ter recursos, coloca entraves para o financiamento, enfim, cede a pressão dos interesses do turismo elitista vigente na região. A comunidade sabe muito bem disso e segue sua luta cotidiana na busca de condições dignas para viver na "Ilha da Magia".
As Brigadas Populares acompanham a associação dos moradores e seguem firmes ao lado da Vila do Arvoredo.
O Ministério das Cidades até já disponibilizou a verba necessária para construção das novas moradias. Falta a contrapartida da prefeitura: garantir as obras de infraestrutura no terreno. O poder público municipal dificulta. Diz não ter recursos, coloca entraves para o financiamento, enfim, cede a pressão dos interesses do turismo elitista vigente na região. A comunidade sabe muito bem disso e segue sua luta cotidiana na busca de condições dignas para viver na "Ilha da Magia".
As Brigadas Populares acompanham a associação dos moradores e seguem firmes ao lado da Vila do Arvoredo.
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