Posicionamento das Brigadas Populares em
Florianópolis - Parte 3
Elson (50), Lino Peres (13333) e avançar na organização popular!
Elson (50), Lino Peres (13333) e avançar na organização popular!
Qual posição tomar no pleito do dia 7 de outubro?
Como se conduzir neste momento de eleições municipais? Qual o critério para
tomar a decisão diante do cenário que temos diante de nós? Essas são perguntas
que desafiam os lutadores e lutadoras da cidade de Florianópolis neste período
eleitoral e que suscitam a manifestação das Brigadas Populares.
Está claro que o projeto das elites não corre riscos
nestas eleições. As candidaturas com possibilidade de vitória não tocam na
questão fundamental: quem se apropria da cidade em Florianópolis e quem a
produz e tem seus direitos e necessidades cotidianamente violados pelo
aprofundamento do projeto elitista do capital imobiliário e empreiteiro. Gean,
César e Ângela são apenas diferentes propostas para levar a frente o projeto de
cidade da burguesia que financia suas campanhas.
O fato de que não esteja colocada hoje para o povo de
Florianópolis uma alternativa eleitoral viável que expresse um projeto
alternativo, que dê respostas reais a suas demandas mais sentidas, tem como
causa a fragilidade do nosso movimento popular. Superar essa fragilidade,
acumular forças para um novo projeto de cidade, criar as condições para partir
para o ataque: são os desafios que a situação presente coloca para os que lutam
por uma cidade voltada para povo trabalhador. O momento é, portanto, de
organização, organização e organização.
É nas próprias lutas que vêm sendo travadas em nossa
cidade que está a chave para o fortalecimento e reorganização do movimento
popular. Só se acumula forças na luta! Nossa fragilidade atual não significa
que o único a ser feito seja apostar na propaganda, no debate de idéias ou
então na construção de ferramentas eleitorais muitas vezes distantes do
processo real de organização popular.
É preciso aproveitar cada oportunidade para bater no
inimigo, para avançar na discussão com o povo, aprofundar a crítica ao projeto
de cidade das elites, ganhar em termos de organização, consciência e disposição
de luta. Não devemos cruzar os braços e deixar o campo aberto para o
adversário, é preciso fazer a luta política, buscar avanços mesmo nas situações
mais adversas. Quem luta concretamente
sabe que não é de cima que vem a transformações. Mas sabe também a diferença
que faz uma correlação de forças mais ou menos avançada no aparato estatal:
seja no ministério público, nos órgãos ambientais, no judiciário, e,
principalmente, na câmara de vereadores. Precisamos avançar ao máximo nestas
eleições.
Acreditamos que é nas lutas que vem sendo travadas
historicamente em Florianópolis que se está gestando o nosso projeto de cidade.
São essas lutam que nos mostram os problemas a serem enfrentados por um projeto
realmente comprometido com as necessidades e demandas populares. Uma reforma
urbana que ofereça moradia de qualidade, com saneamento, espaços públicos de
lazer, transporte de qualidade com Tarifa Zero e tantas outras pautas dos
trabalhadores e de todos aqueles que a cada dia são excluídos nesta cidade. E são
os próprios impasses e dificuldades dessas lutas que mostram que só avançando
rumo ao poder popular que será possível construir a cidade que queremos.
Um projeto forjado nas lutas é uma obra em construção,
no processo real da luta do povo de Florianópolis. Esse projeto está para além
dos calendários eleitorais e não se delimita pelas fronteiras dos partidos institucionais
hoje existentes. Nos embates com o poder dominante é que se forja a nova
maioria política que queremos construir nesta cidade. É por isso que as
Brigadas Populares tem como critério neste momento de eleições a prática
política comprometida com as demandas populares, daqueles que lutam cotidianamente
junto ao povo, dando uma contribuição efetiva ao seu processo de
conscientização e organização.
É partindo desse critério que declaramos apoio às
candidaturas que melhor representam hoje as lutas da cidade, ou seja, o projeto
alternativo para Florianópolis no seu momento atual, candidaturas cujo
compromisso é constituir um espaço para os movimentos populares pautarem suas
demandas na luta institucional.
Para vereador, apoiamos Lino Peres, um lutador
histórico da reforma urbana em Florianópolis e cuja militância tem sido
orientada pela coerência, pelo compromisso e pela presença constante nas lutas
do nosso povo. Para prefeito, apoiamos Elson Pereira, que tem dado provas de
seu comprometimento com as causas populares e da defesa qualificada de um
projeto de cidade alternativo em sua participação como representante da UFSC no
Núcleo Gestor do Plano Diretor de Florianópolis.
Elson 50 e Lino 13333 na construção do poder popular em Florianópolis!
Olá. Colegas que militam comigo diariamente, sobretudo na universidade, quero fazer um debate honesto e...político. Causa-me estranheza a posição das Brigadas Populares nas eleições. Li todos os textos sobre o assunto – Parte 1, 2 e 3. Encontrei algumas contradições e quero saber se elas realmente existem. 1ª) O voto no PT. Digo que o voto é no PT e não no Lino porque sabemos que as eleições para vereadores tem como critério a proporcionalidade, ou seja, um voto no Lino significa também um voto no Márcio de Souza que já foi vereador, presidente da câmara e também SECRETÁRIO MUNICIPAL DE TURISMO NO GOVERNO DÁRIO BERGER. Isso mesmo, e com essa função, o ex-vereador do PT atuou administrando essa secretária para os interesses do Capital, atingindo comunidades como o do Papaquara – local onde os colegas atuam atualmente. Ou seja, como os colegas vão explicar para os moradores do Papaquara essa contradição? A contradição entre o que falam, e o que fazem. Entendo a história do Lino, mas existem lutadores em outros partidos que tem uma história maior na luta de classes do Brasil, por exemplo a Joaninha do PSTU, que sempre esteve nas greves em defesa da educação, e que não ajudarão os lacaios de Dário. 2ª) O voto no Elson do PSOL. A contradição esta no critério para a posição da organização, definido assim no texto 3: “as Brigadas Populares tem como critério neste momento de eleições a prática política comprometida com as demandas populares, daqueles que lutam cotidianamente junto ao povo, dando uma contribuição efetiva ao seu processo de conscientização e organização”. Quero perguntar aos companheiros: conheciam o Elson antes das eleições? Onde ele atuava antes? Em qual movimento popular? Ele é professor da UFSC, então como ele atuou na greve dos professores federais? Na realidade, ninguém conhecia o Elson, nem mesmo os militantes do PSOL que atuam na universidade. Isso é evidente quando o máximo que vocês tem a escrever dele é isso: ”apoiamos Elson Pereira, que tem dado provas de seu comprometimento com as causas populares e da defesa qualificada de um projeto de cidade alternativo em sua participação como representante da UFSC no Núcleo Gestor do Plano Diretor de Florianópolis” – defender os movimentos populares da boca pra fora até a Ângela Albino faz, e pior, lembro que ela ia nas manifestações contra o aumento da tarifa. Ele foi do Conselho de Curadores da UFSC no período da implantação das “taxas acadêmicas”, qual foi a posição dele nesse processo? 3ª) Eu quero saber qual é a posição do colegas sobre o transporte público, pois a posição do Elson é a seguinte: “abertura imediata do processo licitatório de concessão de exploração das linhas de transporte coletivo de Florianópolis subordinando os concessionários ao controle do poder público”. Os colegas acreditam que o transporte deve ainda estar nas mãos dos empresários? Entendi errado e estou confundindo os termos “controle do poder público” como diferente de “controle popular”? Com os empresários controlando o setor poderemos chegar a Tarifa Zero? 4ª) Até onde o voto no PT ajuda no momento, que segundo vocês é de “organização, organização e organização”? Um voto no PT não é um voto no programa de direita que esta sendo aplicado pelo PT nacionalmente? Até onde isso contribui para a esquerda, para a unidade que o “Manifesto das novas Brigadas Populares” propõem? Vocês vão realmente pelo “voto útil”? Será que esse voto útil será útil para os moradores do Papaquara? Será que esse voto útil será útil para os estudantes que por anos lutam contra o aumento da tarifa de ônibus”? Ou esse voto útil será útil para os banqueiros, as multinacionais etc.? Ou vocês não concordam que o voto no PT não é um voto útil para os trabalhadores e os movimentos populares?
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