Prefeitura não apresenta proposta para
as famílias sem teto do norte da ilha
No último dia 18, 8 pessoas sem
teto representando as 60 famílias despejadas pela prefeitura da beira do rio
Papaquara foram até o conselho de habitação de Florianópolis na esperança de que este fórum,
este “conselho de direito”, acolhesse a sua reivindicação e obrigasse a
prefeitura a apresentar uma solução imediatamente.
A primeira batalha foi incluir o
assunto na pauta. Apesar de ter sido solicitada na última reunião do conselho
pelo representante do norte da ilha – o seu Nivaldo da vila do Arvoredo – ,a
prefeitura não incluiu na pauta e queria empurrar o assunto para uma próxima
reunião mesmo sabendo que 8 pessoas haviam ido até ali apenas para tratar deste
assunto. Assim, a inclusão como ponto de pauta teve que ser na pressão feita
pelos conselheiros da representação comunitária e popular sobre a prefeitura.
Aberta a palavra as famílias apontaram todas as dificuldades enfrentadas desde janeiro de 2011 quando a
prefeitura demoliu suas casas e denunciaram a completa omissão da prefeitura
neste último um ano e meio. Os moradores despejados que se pronunciaram
deixaram bem claro que a situação foi criada pela prefeitura que não cumpriu o
acordo feito à época.
No entanto, tudo que o secretário
de habitação apresentou foi a promessa de que estas famílias seriam tratadas
como “prioridade” no plano de habitação. Afirmou que não há possibilidade de
conceder o aluguel social e que eles seriam a prioridade de um projeto de 15
anos!
Mais uma vez a prefeitura deixa
claro que não há política habitacional para famílias de baixa renda, pois
sequer consegue resolver emergências criadas por ela mesma. Afinal estas
famílias tinham casa própria e foram expulsas (removidas) pela prefeitura sob o
acordo de que após os 6 meses de aluguel elas estariam de casa nova. Na
verdade, a prefeitura deixa claro que sua política habitacional é somente de
remoção das famílias pobres.
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