segunda-feira, 8 de outubro de 2012


Prefeitura não apresenta proposta para as famílias sem teto do norte da ilha

No último dia 18, 8 pessoas sem teto representando as 60 famílias despejadas pela prefeitura da beira do rio Papaquara foram até o conselho de habitação de Florianópolis na esperança de que este fórum, este “conselho de direito”, acolhesse a sua reivindicação e obrigasse a prefeitura a apresentar uma solução imediatamente.
A primeira batalha foi incluir o assunto na pauta. Apesar de ter sido solicitada na última reunião do conselho pelo representante do norte da ilha – o seu Nivaldo da vila do Arvoredo – ,a prefeitura não incluiu na pauta e queria empurrar o assunto para uma próxima reunião mesmo sabendo que 8 pessoas haviam ido até ali apenas para tratar deste assunto. Assim, a inclusão como ponto de pauta teve que ser na pressão feita pelos conselheiros da representação comunitária e popular sobre a prefeitura.
Aberta a palavra as famílias apontaram todas as dificuldades enfrentadas desde janeiro de 2011 quando a prefeitura demoliu suas casas e denunciaram a completa omissão da prefeitura neste último um ano e meio. Os moradores despejados que se pronunciaram deixaram bem claro que a situação foi criada pela prefeitura que não cumpriu o acordo feito à época.
No entanto, tudo que o secretário de habitação apresentou foi a promessa de que estas famílias seriam tratadas como “prioridade” no plano de habitação. Afirmou que não há possibilidade de conceder o aluguel social e que eles seriam a prioridade de um projeto de 15 anos!
Mais uma vez a prefeitura deixa claro que não há política habitacional para famílias de baixa renda, pois sequer consegue resolver emergências criadas por ela mesma. Afinal estas famílias tinham casa própria e foram expulsas (removidas) pela prefeitura sob o acordo de que após os 6 meses de aluguel elas estariam de casa nova. Na verdade, a prefeitura deixa claro que sua política habitacional é somente de remoção das famílias pobres.

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