O que ocorre na Palestina ocupada não é nenhuma guerra em que Israel seja uma vitima como nos pretendem fazer crer. Nunca foi. A propaganda que coloca Israel como vitima dos palestinos permite aos sionistas tentar ocultar um fio condutor que se desenrola desde 1948 quando foi negado aos refugiados palestinos o regresso aos seus lares, a expulsão dos beduínos do deserto de Negev em princípios de 1950, a expulsão atual dos beduínos do vale do Jordão, as fazendas para os judeus no Negev, a discriminação nos orçamentos de Israel e os disparos contra os pescadores de Gaza para os impedir de ganhar a vida de forma respeitável. Milhões destes fios contínuos não tiveram interrupção desde 1948 até ao presente.
Gaza e Cisjordânia são fruto da trama desses fios e não são um Estado palestino. Gaza e Cisjordânia são campos de concentração dentro da Palestina ocupada pelos israelenses cujo exército tenta destruir com zelo e determinação toda a resistência popular.
Hoje a faixa de Gaza é o maior campo de concentração do mundo onde se concentram 1 milhão e setecentas mil pessoas, completamente cercadas e isoladas das ajudas e solidariedade externa da qual dependem para tudo, desde os alimentos aos cuidados médicos, desde os livros para a educação das crianças até à liberdade.
Os palestinos não tem um exercito regular e tem de enfrentar o quarto exercito do mundo... Desde o início de 2012 Israel destruiu 569 edifícios e estruturas palestinas, incluindo poços de agua e 178 moradias. No total, 1.014 pessoas foram afetadas pelas demolições.
Na Cisjordânia ocupada mais de 340.000 israelenses vivem em assentamentos e mais de 200.000 em uma dezena de bairros erguidos em Jerusalém Oriental, ocupada e anexada por Israel desde junho de 1967, uma medida que não foi reconhecida internacionalmente.
Ao mesmo tempo os sionistas continuam a construção do muro da vergonha – que foi declarado ilegal pelo Tribunal Internacional de Justiça –, um muro com cerca de 750 quilômetros de extensão, que proíbe a livre circulação de pessoas e produtos entre as cidades e vilas palestinas e confisca vastas áreas agrícolas dos palestinos.
É contra tudo isso que os palestinos resistem. E ainda são chamados de terroristas... Resistência não é terror ! Terrorista é o estado de Israel que pratica uma sistemática política de ocupação e genocídio planejado...
As Brigadas Populares se posicionam de forma firme na solidariedade militante à luta do povo palestino pelo direito de existir na própria pátria soberana e eleger seu próprio destino. Desde o nosso país sabemos que o povo palestino não recuará um só milímetro de seus ideais e compromissos pela libertação da Palestina ocupada.
Hoje o heróico povo palestino conta com apenas sua histórica vontade de resistir e com a solidariedade militante de todos os povos do mundo. Apenas isto perante um Estado poderosamente armado pelo imperialismo yanque, apoiado pelo imperialismo europeu e cuja existência é a evidencia irrecusável do ponto de degradação alcançado pela barbárie capitalista.
Diante dessa realidade as Brigadas Populares conclamam a todas as organizações sociais e políticas do campo antiimperialista, popular e classista do Brasil a aprofundarem seus esforços - através de seus jornais, revistas, panfletos, páginas na internet, cartas aos jornais e revistas e em manifestações de rua – na solidariedade a luta do povo palestino. Ao mesmo tempo que entende ser de fundamental importância uma dura condenação oficial dessas agressões por parte dos governos latino-americanos, e do Brasil em particular, com o objetivo de impedir a continuidade do genocídio do povo palestino.
Pela condenação do silêncio criminoso dos Estados Unidos e da União Europeia no seu papel de cúmplice dos crimes do Estado sionista!
Pelo fim imediato dos ataques israelenses no território palestino na Faixa de Gaza e na Cisjordânia !
Pelo imediato cessar do bloqueio e da agressão contra Gaza!
Não a interferência política e militar nos assuntos internos da Síria !
Pelo fim das políticas de violência do imperialismo e do sionismo no Oriente e no mundo !
Pela autodeterminação do povo palestino !
Pela criação do Estado da Palestina !
Resistência não é terrorismo !
Fim do massacre na Faixa de Gaza !
Coordenação Política Nacional das Brigadas Populares – Brasil
Fórum Social Palestina Livre - Brasil 28 de novembro de 2012
Oi."Pela criação do Estado da Palestina" é uma palavra de ordem pela coexistência com o Estado de Israel? Ou seja, por dois Estados?
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